
"Estimados amigos e amigas da paz
Estamos novamente na rua (Porto, Coimbra, Faro, Funchal e Lisboa) como fizemos em fevereiro passado e três vezes em 2022, convergindo na exigência da paz. E por isso vos saudamos pela determinação e coragem de continuar a afirmar que é necessário e urgente parar a guerra e dar uma oportunidade à paz.
Estamos hoje aqui porque queremos afirmar bem alto e levar o mais longe possível que é urgente parar a confrontação e a guerra e dar uma oportunidade à paz, seja na Palestina, no Sara Ocidental, na Síria, no Iémen, no Sudão ou na Ucrânia, com as trágicas consequências e os sérios perigos que estes e outros conflitos comportam de sofrimento, morte e destruição.
Como sempre temos afirmado, designadamente aquando das invasões e bombardeamentos pelos EUA ou pela Nato no Afeganistão, no Iraque ou na Líbia, dar uma oportunidade à paz é exigir a diplomacia para a solução política dos conflitos pondo fim à ingerência, ao militarismo e ao uso ou à ameaça do uso da força nas relações internacionais.
Por isso, estamos aqui novamente a reafirmar que dar uma oportunidade à paz é promover a solidariedade e a amizade entre os povos e convidando cada vez mais pessoas a indignarem-se com a apologia do militarismo e da guerra, a deturpação da verdade, a instigação do ódio.
Cada dia que passa, vemos quem ganha com a confrontação e a guerra, com a corrida armamentista e as sanções. Por isso, é urgente pôr fim à escalada armamentista e às sanções, que atingem as condições de vida dos trabalhadores e das populações, enquanto as multinacionais do armamento, da energia, da alimentação, da distribuição acumulam fabulosos lucros à custa do sofrimento dos povos, incluindo do povo ucraniano.

Foram muitos os que responderam, no dia 17 de junho, à chamada e deram corpo a um extraordinário desfile pelas ruas da Baixa de Lisboa, que ligou o Largo Camões à Praça do Município, As palavras de ordem, tal como os cartazes e as faixas, eram claras e diretas e não deixaram ninguém indiferente: "paz sim, guerra não!"; "para a guerra vão milhões, para os povos só tostões"; "armamento não, paz e
cooperação". Muitos dos que por ali passavam, e eram muitos na quente tarde de sábado, juntaram-se à coluna e partilharam as exigências, que afinal sempre foram suas.
No palco instalado na Praça do Município, mesmo defronte do belo edifício dos Paços do Concelho, o cantautor Sebastião Antunes juntou o seu talento à causa da paz, e lembrou que «o mar não é de ninguém, ninguém é dono do mar, nem aqueles que lá sabem navegar". Em seguida, o encenador Fernando Jorge Lopes, do Teatro Extremo, chamou os oradores da tarde: José Pinho, da Associação Juvenil Projeto Ruído, a Secretária-geral da CGTP-IN Isabel Camarinha, e a presidente da direção nacional do CPPC, Ilda Figueiredo. Todos reafirmaram a necessidade de construir um mundo de Estados iguais, um mundo de paz e cooperação e garantiram que a luta por esse objetivo vai continuar.

O núcleo do Algarve do Conselho Português para a Paz e Cooperação realizou, no passado dia 16 de junho, uma sessão cultural em Faro onde participaram vários artistas e com a assistência de centenas de pessoas.
Esta iniciativa, sob o lema "Parar a Guerra! Dar uma oportunidade à Paz!", foi apresentada por Vanessa André e contou com as intervenções musicais de Joaquim Andrés e Ally Garrido, que apresentaram alguns temas de soul; do Arraial Lá Lá - com a participação especial de
José Manuel Ferreira - que animaram a noite com temas da música tradicional portuguesa; e ainda de Domingos Caetano com Luís Henrique, que apresentaram temas de música de intervenção. Foram também lidos alguns poemas de apelo à Paz, por Catarina Teixeira.
No decorrer desta sessão cultural, a artista plástica Catarina Inês, realizou uma obra que no final ofereceu ao CPPC.
Catarina Marques, coordenadora da União de Sindicatos do Algarve, fez uma intervenção alertando para as consequências nefastas da guerra, para os povos diretamente envolvidos, mas também para todos os trabalhadores na europa e no mundo, e Sofia Costa, da DN do CPPC reiterou estas preocupações mas também a necessidade de se continuar a trabalhar em prol da defesa da Paz.
A sessão terminou com todos os artistas e organizadores em palco, apelando a uma só voz "Paz Sim, Guerra Não!"

Durante o desfile e na intervenção do Conselho Português para a Paz e Cooperação apelou-se à Paz e à amizade, e também, tal como referia o apelo que juntou os amantes da Paz nesta cidade, a que se trave escalada belicista que se verifica na Europa, mas também noutras partes do mundo, nomeadamente na região Ásia-Pacífico, na América Latina e em África, desrespeitando o direito que os povos têm à paz, ao
desenvolvimento e à sua soberania.
Exclamou-se "Paz Sim! Guerra Não!" e foi reiterado o compromisso de continuar a desenvolver ações em defesa da Paz, em Coimbra e por todo o país.