"Não à guerra! Paz Sim! NATO Não!". Foi este o mote da tribuna pública realizada ao final da tarde de dia 9 no Largo José Saramago, em Lisboa, junto à fundação que tem o nome do escritor, ele próprio um lutador pela paz.
A sessão, conduzida por Idália Tiago, que citou passagens de José Saramago sobre a paz, o desarmamento e os direitos dos povos, contou com intervenções de representantes do CPPC, da CGTP-IN, do MPPM, do MDM, da FENPROF e do Projeto Ruído - Associação Juvenil.
O desarmamento geral, simultâneo e controlado, o respeito pela soberania dos povos, a dissolução dos blocos político-militares foram exigências reafirmadas, presentes também na Constituição da República Portuguesa.
No fundo, tratou-se de apontar um rumo alternativo ao que por estes dias está a ser agravado na cimeira da NATO que começou nesse mesmo dia em Washington, marcado pela intensificação da guerra, da corrida aos armamentos, do aumento das despesas militares. Quando assinala os seus 75 anos, a NATO assume-se cada vez mais como um bloco político-militar agressivo, ao serviço das pretensões hegemónicas dos EUA.
A guerra não interessa aos povos, insistiu-se em Lisboa, de onde emanou a determinação em prosseguir a ação pela paz, o desarmamento e a solidariedade.