
Realizou-se no Porto, no dia 25 de maio, no auditório do Sindicato dos Professores do Norte, uma sessão de solidariedade com a Palestina, promovida pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação, em que interveio Ilda Figueiredo, presidente da DN do CPPC, com a participação do embaixador da Palestina em Portugal, Nabil Abuznaid, e Manuela Mendonça, Dirigente do SPN e da FENPROF.
A sessão pública foi precedida de uma reunião com membros
da coordenação do SPN tendo-se abordado possíveis iniciativas de solidariedade no norte e no país.
Durante a sessão, foi dada uma informação sobre a grave evolução da situação na Palestina, no momento em que se assinalam os 75 anos da Nakba (a catástrofe), saudou-se a resistência do povo palestino contra a ocupação, colonização e opressão israelitas e exigiu-se o reconhecimento do Estado da Palestina pelo governo português, tendo em conta a Constituição da República Portuguesa e as Resoluções da ONU.
Como foi assinalado, as ocupações militares israelitas de território palestino; as destruições de povoações inteiras; os assassínios; e as prisões arbitrárias, incluindo de menores de idade; a segregação e demais crimes e violações do direito internacional perpetrados pelo Estado de Israel contra o povo palestino, têm-se vindo a intensificar ao longo de décadas, com a complacência dos Estados Unidos da América e da União Europeia. Apresentando-se, de facto, como protetoras do Estado de Israel e das suas ações, estas potências têm procurado silenciar quem se solidariza com o povo palestino e denuncia aqueles crimes, enquanto tiram proveito de negócios com o Estado israelita e da localização geoestratégica deste.
Nestes tempos em que é necessário romper com a malha de silêncio e hipocrisia que alguns procuram tecer em torno da causa palestina, a sessão mostrou que há muitas pessoas e instituições portuguesas que se mantêm ao lado desse corajoso povo, incentivando todos os democratas e defensores da paz na reafirmação da exigência da criação do Estado da Palestina nas fronteiras anteriores a 4 de junho de 1967 e capital em Jerusalém Oriental, pelo direito de regresso dos refugiados palestinos e a libertação de todos os presos políticos palestinos das prisões israelitas.