Outras Notícias

Laura Lopes

  • A LIÇÃO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

    No momento em que se cumprem 76 anos da invasão da Polónia pela Alemanha nazi, a 1 de Setembro de 1939 e 70 anos da rendição do Japão a 2 de Setembro de 1945, divulgamos artigo de Laura Lopes, membro da Presidência do CPPC, sobre a II Guerra Mundial.

     

    (foto: Militares nazis destroem a barreira na fronteira entre Polónia e Alemanha)

     

  • Hiroshima e Nagasaki, Crimes contra a humanidade

    Por Laura Lopes, membro da Presidência do CPPC

    Hiroshima. Dia 6 de Agosto de 1945. Às 8 horas e 16 minutos, o major americano Thomas Ferebee lançava do seu avião a primeira bomba atómica, exactamente no centro da cidade, a mil e trezentos metros de altitude, quando milhares de cidadãos se dirigiam para o trabalho. No livro de bordo estavam escritas quatro palavras: “Drop first atom bomb” (lançar a primeira bomba atómica). Após o lançamento foi acrescentada mais uma: “Good” (óptimo).

    Uma explosão medonha ressoou levantando-se uma imensa nuvem primeiro amarela, depois cinzenta, em seguida azul e por fim negra. Fez-se total escuridão enquanto o fogo alastrava destruindo tudo, queimando vivas as pessoas que se encontravam até mil metros do epicentro da explosão. Em cerca de um raio de dois quilómetros as pessoas ficaram queimadas, com as roupas em farrapos e a pele das partes do corpo não cobertas caindo em pedaços, os rostos inchavam até cegar, envoltas em chamas fugiam desvairadamente procurando as águas do rio. Em poucos segundos a onda de choque destruiu 60% da cidade. Confundidos com o pó da terra mais de 10.000 edifícios. Hiroshima deixara de existir. Pereceram imediatamente quase cem mil pessoas e aproximadamente cento e cinquenta mil gemiam entre os destroços.

  • Homenagem a Laura Lopes e Silas Cerqueira

     

    Dezenas de pessoas compareceram à iniciativa que o Conselho Português para a Paz e Cooperação organizou, no passado Sábado dia 31, para homenagear Laura Lopes e Silas Cerqueira, dois históricos lutadores do movimento pela Paz.

    A presidente do CPPC, Ilda figueiredo, que dirigiu a iniciativa apresentou cada um dos homenageados:

    “LAURA LOPES tem a sua assinatura no documento que deu existência legal ao Conselho Português para a Paz e Cooperação, datado de 24 de Abril de 1976. Fosse só por isso e fazia já parte da história do movimento da Paz português. Mas essa assinatura, longe de ser um acto isolado, expressa um longo e corajoso compromisso com a luta pela Paz, pela justiça e pela liberdade, ao qual Laura Lopes se dedicou ao longo de décadas.

    Nascida em Lisboa, em 1923, numa família operária

  • O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) expressa condolências pelo falecimento de Laura Lopes

    Foi com profundo pesar que a Direção Nacional do CPPC tomou conhecimento do falecimento de Laura Lopes, membro da Presidência do CPPC e seu membro fundador, a quem dedicou parte significativa da sua vida, sempre empenhada na defesa da liberdade, da democracia e da paz.

    Sentidos pêsames à sua família.

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    Biografia de Laura Lopes

    Laura Lopes tem a sua assinatura no documento que deu existência legal ao Conselho Português para a Paz e Cooperação, datado de 24 de Abril de 1976. Fosse só por isso e fazia já parte da história do movimento da Paz português. Mas essa assinatura, longe de ser um acto isolado, é parte de um longo e corajoso compromisso com a luta pela Paz, pela justiça e pela liberdade, ao qual Laura Lopes se dedicou ao longo de décadas.
    Nascida em Lisboa, a 29 de janeiro de 1923, numa família operária, Laura Lopes aprendeu muito cedo o que era a guerra e a repudiá-la: um amigo da família estivera nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial, onde fora gaseado. Parte da sua juventude foi passada com o ouvido colado ao rádio, ouvindo as notícias sobre a Guerra Civil de Espanha e a Segunda Guerra Mundial. A infância e a juventude foram o terreno fértil de onde surgiram os ideais da vida adulta: no dia 9 de Abril de 1949, então com 26 anos, pratica o seu primeiro acto público de luta pela Paz.
    Nesse dia, em que se evocava a batalha de La Lys, particularmente cruel para os soldados portugueses, o regime fascista homenageava-os junto do monumento aos Mortos da Grande Guerra, na Avenida da Liberdade. O MUD Juvenil decide prestar-lhes também o devido tributo: mal termina a solenidade oficial,
    Laura Lopes – que integrava o núcleo do MUD Juvenil na Faculdade de Direito – coloca no pedestal da estátua um ramo de flores com um pequeno cartaz, onde se lia A Juventude Luta pela Paz. Cinco dias antes, há que não esquecer, o Portugal fascista participava na fundação da NATO, aliança militar agressiva ao serviço dos desígnios de domínio global dos EUA. Sombras negras de guerra pairavam uma vez mais sobre o Mundo.
    Depois desta «estreia», nunca mais Laura Lopes deixou de defender activamente os valores da Paz. Em 1950 foi presa pela PIDE por recolher assinaturas para o Apelo de Estocolmo – apelo lançado pelo Movimento Mundial da Paz que exigia o fim das armas atómicas. No final de 1952, com Vasco Cabral e Manuel Valadares, integra a delegação do movimento da Paz português ao Congresso dos Povos para a Paz, em Viena, acontecimento que a marca profundamente. Já no ano anterior, fora uma das proponentes
    da candidatura presidencial de Ruy Luís Gomes – a qual defendia, pela primeira vez de forma pública, uma política de Paz e independência nacional, em tudo oposta à submissão da ditadura à política externa aventureira e belicista dos EUA. Pela ousadia, seria anos mais tarde demitida do ensino.
    Subscritora e apoiante activa de todas as campanhas promovidas pelo movimento da Paz ao longo dos anos, activista da Comissão Democrática Eleitoral (CDE) e participante no III Congresso da Oposição Democrática em Aveiro, Laura Lopes, vive por um curto período, em Paris, onde se liga à Comissão Nacional da Paz e Cooperação, constituída fundamentalmente por exilados políticos, e que intervém simultaneamente em Paris e em Portugal. Pouco antes do 25 de Abril, participa, em Sófia, na Assembleia do Conselho Mundial da Paz, acompanhada pelo escritor Urbano Tavares Rodrigues e pelo filósofo Vasco Magalhães Vilhena.
    Fundadora do CPPC, pertenceu à sua Direcção Nacional e integra a sua Presidência desde que os estatutos foram elaborados. Na década de 80, cria, com outras mulheres, a Comissão de Desarmamento do CPPC, que durante largos anos desenvolve uma intensa e diversificada actividade. Após a Revolução, participou em diversas iniciativas internacionais relacionadas com a defesa da Paz, quer em representação do CPPC, quer de outras organizações e movimentos que fazem desta uma causa central, nomeadamente
    o Movimento Democrático de Mulheres: entre elas, destacam-se a Conferência das Mulheres para a Segurança e Cooperação na Europa, em Helsínquia, e em reuniões, congressos, assembleias e encontros em diversos países do Mundo.
    Também enquanto jornalista, escreveu em várias publicações artigos sobre a defesa da Paz, a corrida aos armamentos, a segurança e a cooperação europeias, os mesmos temas que a levam a percorrer o País em debates e conferências.
    Professora, jornalista, advogada de presos políticos e, depois do 25 de Abril, de sindicatos, Laura Lopes foi uma das mais destacadas lutadoras portuguesas pela Paz e faz parte da História do movimento da Paz e do Conselho Português para a Paz e a Cooperação

  • O Conselho Português para a Paz e Cooperação assinala o Centenário de Laura Lopes

    centenario laura lopes

    Laura Lopes tem a sua assinatura no documento que deu existência legal ao Conselho Português para a Paz e Cooperação, datado de 24 de Abril de 1976. Fosse só por isso e fazia já parte da história do movimento da Paz português. Mas essa assinatura, longe de ser um acto isolado, é parte de um longo e corajoso compromisso com a luta pela Paz, pela justiça e pela liberdade, ao qual Laura Lopes se dedicou ao longo de décadas.
    Nascida em Lisboa, a 29 de janeiro de 1923, numa família operária, Laura Lopes aprendeu muito cedo o que era a guerra e a repudiá-la: um amigo da família estivera nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial, onde fora gaseado. Parte da sua juventude foi passada com o ouvido colado ao rádio, ouvindo as notícias sobre a Guerra Civil de Espanha e a Segunda Guerra Mundial. A infância e a juventude foram o terreno fértil de onde surgiram os ideais da vida adulta: no dia 9 de Abril de 1949, então com 26 anos, pratica o seu primeiro acto público de luta pela Paz.
  • Sessão de homenagem a dois históricos lutadores pela Paz, Laura Lopes e Silas Cerqueira

    No próximo dia 31 de Maio, pelas 12h30m no auditório da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, em Lisboa, o Conselho Português para a Paz e Cooperação realiza no próximo dia 31 uma sessão de homenagem a dois históricos lutadores pela Paz, Laura Lopes e Silas Cerqueira.

    A sessão será seguida de um almoço de confraternização.

    Inscrições para o almoço através dos números 213 863 575, 213 863 375 ou do email Este endereço de correio electrónico está protegido contra leitura por robôs. Necessita activar o JavaScript para o visualizar..

    Participa!